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The Elder Scrolls: Da Arena a Skyrim e o Futuro da Franquia

Explore a evolução de The Elder Scrolls, dos clássicos Arena e Daggerfall ao fenômeno Skyrim. Conheça os spin-offs e saiba tudo sobre as expectativas para TES VI, o aguardado próximo capítulo da lendária série de RPGs da Bethesda.

1/10/2025
9 min
The Elder Scrolls: Da Arena a Skyrim e o Futuro da Franquia

The Elder Scrolls: Da Arena a Skyrim e as Expectativas para TES VI

The Elder Scrolls é uma série lendária de jogos de RPG de ação desenvolvida pela Bethesda Game Studios, famosa pela liberdade de exploração em mundos abertos. Desde o início, a franquia se destacou por permitir que o jogador explore o vasto mundo de Tamriel, escolhendo livremente seus caminhos e missões, fiel ao lema "seja quem quiser e faça o que desejar". O primeiro título, The Elder Scrolls: Arena, foi lançado em 1994, dando início a uma das sagas de RPG mais renomadas e bem-sucedidas da história. Hoje, a série conta com cinco jogos principais para um jogador (Arena, Daggerfall, Morrowind, Oblivion, Skyrim), além de spin-offs e do MMORPG The Elder Scrolls Online, enquanto os fãs aguardam ansiosamente o sexto capítulo - The Elder Scrolls VI.

Evolução dos Jogos Principais: Da Arena ao Skyrim

Cada título da série trouxe inovações em jogabilidade, tecnologia e narrativa. A seguir, um panorama dos jogos principais - de Arena a Skyrim - destacando suas principais características, evolução de mecânicas, gráficos, enredo e impacto no gênero RPG. Também abordaremos os spin-offs de destaque, como TES Online e TES: Blades, e, por fim, as expectativas e informações conhecidas sobre The Elder Scrolls VI.

The Elder Scrolls: Arena (1994)

Capa do jogo The Elder Scrolls: Arena de 1994

Arena marcou a estreia da série em 25 de março de 1994 para MS-DOS. O projeto começou como um jogo de luta em arenas, mas evoluiu para um RPG de mundo aberto, ambientado no continente de Tamriel sob o domínio do Império. O jogador precisa reunir partes do lendário Cajado do Caos para derrotar o usurpador Jagar Tharn, visitando todas as províncias e enfrentando perigosos labirintos subterrâneos.

  • Pioneirismo: Arena inovou ao oferecer visão em primeira pessoa, ciclo de dia e noite, centenas de cidades para explorar, missões paralelas e total liberdade sem restrições morais impostas.
  • O amplo mundo aberto e a liberdade de exploração eram revolucionários para a época, embora o jogo tenha sofrido com bugs e questões técnicas devido à mudança de escopo durante o desenvolvimento.
  • Apesar das críticas iniciais, Arena conquistou status cult e estabeleceu as bases da série: liberdade, vasto mundo e início da aventura com uma fuga da prisão - elementos que se tornaram tradição nos títulos seguintes.

The Elder Scrolls II: Daggerfall (1996)

Capa do jogo The Elder Scrolls II: Daggerfall de 1996

Lançado em 1996 para MS-DOS, Daggerfall elevou o escopo da franquia, sendo um dos RPGs mais ambiciosos de sua época. O jogador investiga o fantasma de um rei assassinado e busca o golem Numidium em Iliac Bay (High Rock e Hammerfell). A história possui múltiplos finais, introduzindo o conceito do "Dragon Break" para unificar todas as possibilidades no cânone.

  • Mundo colossal: Aproximadamente 160 mil km², tornando-o o maior mapa da série. Mais de 15.000 cidades, vilas e masmorras, habitadas por cerca de 750.000 NPCs, criados via geração procedural.
  • Sistema de RPG profundo: Evolução por uso de habilidades, criação de classes personalizadas, reputação entre facções, mecânicas inéditas como montaria e licantropia.
  • Apesar de inovador, o lançamento foi prejudicado por bugs e exigências técnicas elevadas, ganhando o apelido "Buggerfall" entre fãs. Ainda assim, foi um sucesso comercial e inspirou iniciativas de fãs como Daggerfall Unity.
  • O principal legado foi mostrar o potencial de mundos abertos gigantescos, levando a Bethesda a priorizar qualidade e detalhamento nos títulos seguintes.

The Elder Scrolls III: Morrowind (2002)

Capa do jogo The Elder Scrolls III: Morrowind de 2002

Com Morrowind, lançado em 2002 para PC e Xbox, a série deu um salto de qualidade. O cenário mudou para a ilha vulcânica de Vvardenfell, lar dos elfos escuros, com ambientes exóticos que combinam influências orientais e steampunk, criando uma atmosfera única.

  • Narrativa: O jogador, um ex-prisioneiro, desvenda seu destino como o Nerevarine, enfrentando o deus Dagoth Ur para libertar Morrowind do Império.
  • Todas as localidades foram criadas manualmente, tornando o mapa menor, mas repleto de detalhes, missões ricas e personagens marcantes.
  • Sistema de combate e RPG mantiveram a essência da série, mas com maior acessibilidade.
  • Modding: Morrowind introduziu o Construction Set, fomentando uma das comunidades de mods mais ativas da história dos jogos. Mods como OpenMW e Skywind mantêm o jogo vivo até hoje.

O sucesso de Morrowind consolidou The Elder Scrolls como referência em RPGs, provando que universos ricos e jogabilidade profunda podem atrair grandes públicos.

The Elder Scrolls IV: Oblivion (2006)

Capa do jogo The Elder Scrolls IV: Oblivion de 2006

Lançado em 2006 para PC e Xbox 360 (e em 2007 para PS3), Oblivion levou a série à era moderna e a um público ainda maior. O jogo se passa em Cyrodiil, coração do Império, com cenários de fantasia clássica que facilitaram a entrada de novos jogadores.

  • Enredo: Após o assassinato do imperador, portais para o plano demoníaco Oblivion se abrem. Cabe ao protagonista, novamente um prisioneiro, encontrar o herdeiro perdido e salvar Tamriel.
  • Tecnologia: Gráficos revolucionários para a época, física aprimorada e NPCs com rotinas realistas graças ao sistema Radiant AI. Todos os diálogos foram dublados por atores renomados.
  • Mundo maior que Morrowind, gerado parcialmente de forma procedural, mas com grande atenção manual aos detalhes.
  • Jogabilidade: Simplificação de sistemas de habilidades, autoajuste de inimigos e recompensas ao nível do jogador (o que dividiu opiniões), além de interface amigável, viagem rápida e marcadores de missão.
  • Oblivion foi um sucesso de crítica e vendas, com milhões de cópias vendidas e inúmeras premiações. O modding continuou forte, prolongando a vida útil do jogo.

The Elder Scrolls V: Skyrim (2011)

Capa do jogo The Elder Scrolls V: Skyrim de 2011

Lançado em 11 de novembro de 2011 para PC, PlayStation 3 e Xbox 360, Skyrim tornou-se o título mais icônico da franquia. Ambientado 200 anos após Oblivion, na gélida província de Skyrim, o jogo mergulha o jogador em uma guerra civil e no retorno dos dragões liderados por Alduin, o Devorador de Mundos. O protagonista, o Dovahkiin, é o único capaz de salvar Tamriel usando o poder dos Thu'um - os gritos de dragão.

  • Inovações: Novo motor gráfico (Creation Engine), cenários deslumbrantes, combate dinâmico dual-wield, execuções cinematográficas, dragões como inimigos regulares e sistema de perks para evolução de habilidades.
  • Simplificação do sistema de RPG: sumiram atributos clássicos e escolha de classes, dando total liberdade para evoluir conforme o estilo do jogador.
  • O Radiant Story gerava missões secundárias infinitas, aumentando a longevidade.
  • Interface redesenhada para maior acessibilidade, embora criticada por jogadores de PC.
  • Legado: Skyrim é um fenômeno: vendeu mais de 60 milhões de cópias até 2023, tornou-se meme (como a famosa "flecha no joelho"), e recebeu diversas reedições (Special Edition, Anniversary Edition, VR, Switch). A comunidade de mods prosperou ainda mais, mantendo o jogo vivo por mais de uma década.

Skyrim elevou o padrão dos RPGs de mundo aberto, inspirando títulos como The Witcher 3 e Dragon Age: Inquisition, e consolidou The Elder Scrolls como uma das maiores franquias da indústria.

Spin-offs: The Elder Scrolls Online e TES: Blades

Além dos jogos principais, a franquia expandiu-se em spin-offs de destaque, especialmente no multiplayer online e nos dispositivos móveis.

Logo de The Elder Scrolls Online

The Elder Scrolls Online (2014)

Lançado pela ZeniMax Online em 2014 para PC/Mac e depois para consoles, TESO transportou Tamriel para o universo MMORPG, ambientando-se cerca de mil anos antes de Skyrim. O jogador escolhe entre três facções em guerra pelo trono de Cyrodiil, enquanto o príncipe daedra Molag Bal ameaça o mundo. Inicialmente com assinatura, o jogo adotou o modelo buy-to-play em 2015, o que melhorou sua aceitação.

  • A cada grande expansão ("Capítulos"), novas regiões de Tamriel são adicionadas, como Morrowind, Summerset, Elsweyr e Greymoor.
  • Até 2023, mais de 22 milhões de registros - TESO se firmou como uma das melhores MMOs do mercado, premiada e constantemente atualizada.
  • O jogo preserva pilares da série: mundo aberto, customização profunda de personagem e enredos envolventes, jogáveis solo ou em grupo.
Tela de The Elder Scrolls: Blades para dispositivos móveis

The Elder Scrolls: Blades (2019)

Anunciado como um AAA-RPG para smartphones, Blades chegou em acesso antecipado no iOS/Android em 2019 (lançamento completo em 2020, inclusive para Nintendo Switch). O jogador, um ex-membro dos Blades, retorna à sua cidade natal destruída após a Grande Guerra. A mecânica de reconstrução da cidade é central, com missões rápidas, combates adaptados à tela sensível ao toque e modos PvP e de masmorra infinita.

  • Distribuição free-to-play com microtransações, o que gerou críticas ao ritmo de progressão e à monetização agressiva.
  • Visualmente impressionante para mobile, mas criticado pela repetição de missões e simplificação do combate.
  • Apesar disso, os milhões de downloads atestam a força da franquia em múltiplas plataformas.

O Futuro da Série: Expectativas e Rumores sobre The Elder Scrolls VI

The Elder Scrolls VI é um dos jogos mais aguardados do futuro. O desenvolvimento foi oficialmente anunciado na E3 2018 com um teaser enigmático, mas a Bethesda deixou claro que a espera seria longa. A produção ativa começou apenas em 2023, após o lançamento de Starfield, e usará a tecnologia do Creation Engine 2.

  • Até o momento, quase nada foi revelado: nem subtítulo, nem localização exata. O trailer sugere um cenário árido e montanhoso à beira-mar, levando fãs a especularem sobre High Rock ou Hammerfell como palco da nova aventura.
  • Documentos internos da Microsoft apontam para lançamento exclusivo em PC e Xbox, não antes de 2026.
  • Entre as expectativas dos fãs estão: um mundo ainda mais vasto e detalhado, retorno de sistemas de RPG mais complexos (atributos, classes), inteligência artificial aprimorada para NPCs e economia, e, possivelmente, modo cooperativo.
  • A Bethesda prometeu suporte robusto a mods, reconhecendo a importância da comunidade para a longevidade da franquia.
  • Rumores abundam, mas nenhum confirmado: nomes, sistemas de quests proceduralmente gerados, ambientação e mais.

Enquanto detalhes oficiais escasseiam, a expectativa só aumenta. Após mais de uma década desde o último grande lançamento single-player, The Elder Scrolls VI promete ser um marco na indústria. Resta aos fãs aguardar com paciência, certos de que, quando finalmente for lançado, Tamriel nos receberá novamente para uma nova e inesquecível aventura.

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